Como a crise no mercado imobiliário dos EUA impulsiona Balneário Camboriú e Rio de Janeiro

em NSC Total, 1º/março

Norte-americanos registraram 7,3% de baixa nos últimos 12 meses.

O desaquecimento do mercado imobiliário norte-americano, causado pela diminuição do estoque de imóveis à venda e pelo aumento nos preços, tem tornado o Brasil mais atrativo para investimentos. Santa Catarina e Rio de Janeiro estão entre os destinos preferenciais dos novos investidores internacionais, especialmente em Balneário Camboriú e região.

De acordo com o último levantamento divulgado pela National Association of Realtors, os Estados Unidos registraram queda de 7,3% nas vendas dos últimos doze meses, e redução de 1,7% no estoque de imóveis prontos. Já o valor teve o quinto aumento consecutivo. A alta é de 4%, e atingiu o patamar médio de US$ 387,6 mil a unidade.

— O mercado imobiliário brasileiro tem índices de valorização superiores a outros países e, além da atratividade da diferença cambial, cada vez mais, tem se tornado alvo para os americanos, assim como para investidores de outros países — diz o especialista em mercado imobiliário Renato Monteiro, que também é CEO da Sort Investimentos, empresa que possui mais de R$ 8 bilhões em ativos sob assessoria.

Segundo ele, no último ano foi observado um aumento de 20% na procura de estrangeiros por imóveis no Brasil. A expectativa é que a busca seja ainda maior em 2024.

— Esses números devem ser ainda superiores, ainda mais com o desaquecimento do mercado imobiliário norte-americano causado pela diminuição do estoque, que tem refletido no aumento dos preços, aliado ao período de instabilidade política que vem atravessando — afirma Monteiro.

Além de excelentes índices de valorização, o Brasil é atrativo porque, segundo estudos, o preço do metro quadrado no país é 38% mais barato que nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, com R$ 2 milhões é possível comprar um apartamento com cerca de 80 metros quadrados com vista ou próximo ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Já em Nova Iorque, por exemplo, com o mesmo valor, para um apartamento próximo ao Central Park, o apartamento teria menos de 30 metros quadrados.

Segundo a Sort Investimentos, as principais regiões que têm sido alvo de investidores dos EUA estão no litoral brasileiro. No Sul, o Santa Catarina se tornou referência em valorização com cinco cidades entre as dez do países com melhores índices. Destaque para Balneário Camboriú, que há mais de um ano ocupa o topo do ranking do metro quadrado mais caro do país.

Já a vizinha Itapema registrou 19,52% de valorização anual – um recorde. Itajaí, também ao lado de Balneário Camboriú, registrou no último levantamento da Fipezap a terceira melhor valorização do país, com 13,35%.

Já no Rio de Janeiro, o destaque é para Búzios. A cidade, com pouco mais de 26 mil metros quadrados, é apontada com a bola da vez do mercado imobiliário nacional, com projeção de valorizar em até 100% os imóveis nos próximos quatro anos.


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